O ser humano possui recursos inatos, competências diversas, inteligências com
habilidades próprias que começam a serem (re)descobertas na atualidade.
Nos últimos séculos o homem ingressou num mecanicismo cartesiano que o arrebatou de uma visão espiritualista da vida para uma visão mais lógica e racional da natureza do homem e assistimos a uma triste dicotomia entre ciência e religião como se uma fosse oposta a outra ou como se a existência de uma, negasse a validação da outra.

De fato, a evolução do pensamento crítico, o desenvolvimento da racionalidade e da lógica, fez-nos questionar modelos religiosos que não mais acalentavam a alma de um buscador por sua natureza, fazendo-o repudiar o modelo vigente que se limitava à respostas “ é assim porque e assim” lembrando o personagem Chicó do saudoso Ariano Suassuna em o Auto da Compadecida.

Essa visão, que impregnou boa parte da humanidade, teve por consequência o
desenvolvimento de um modelo de exploração do homem pelo próprio homem, e do homem em relação aos recursos da natureza como se ele fosse o centro e a razão de toda a criação. O preço por essa escolha de modelo de exploração – nós estamos pagando agora! O homem evoluiu em suas conquistas, sem dúvida! Mas em suas conquistas “do lado de fora” e esqueceu de ir em busca de algo que validasse e desse sentido a todas as suas experiências.

O conhecimento é uma bússola que norteia os passos de quem o procura e o retira da ignorância. Mas o conhecimento destituído de valores, separado da ética e da responsabilidade em seu manuseio, foi responsável por grandes tragédias.

Olhamos para um céu estrelado, numa noite de lua cheia e ficamos encantados por tamanha beleza e magnitude! Assistimos as imagens do telescópio Hubble e ficamos extasiados pela grandiosidade e inteligência do Autor de tudo isso! Olhamos para nós mesmos e observamos como o corpo humano é perfeito em seus sistemas!

Quanta tecnologia cósmica foi aplicada para possibilitar a vida, em seu equilíbrio, em suas leis naturais que garantem o funcionamento perfeito de todo esse mecanismo cósmico! Mas o nosso olhar encontra-se ainda revestido do sentimento de separação, como se não fizéssemos parte desse Todo grandioso!
A psicologia transpessoal numa visão transdisciplinar holística busca integrar o espírito e a matéria, a natureza e o homem, as ecologias em seus múltiplos aspectos, unindo aparentes opostos numa compreensão mais ampla do significado da vida e a participação do homem nesse conjunto.

A ciência já começa a descortinar os múltiplos recursos espirituais, inatos, que o homem possui. No homem contém toda a grandeza do Universo! No entanto, a exploração desses recursos em grau maior e mais amplo está suscetível a esfera da autoconsciência, do autodomínio que somente um verdadeiro trabalho de autoconhecimento é capaz de dispor!

Naquele trabalho de autoconhecimento de profundidade onde descobrimos os
mecanismos distorcidos do ego – uma estrutura importante e fundamental para uma vida de realização na Terra – e o alinhamos e o colocamos à serviço de uma outra estrutura fundamental em nossa existência: nossa Consciência Superior. E para que isso aconteça, o homem necessita submeter-se a fluidez da vida! A fluidez que ocorre quando ele se ajusta às leis cósmicas que garantem o funcionamento perfeito de toda engrenagem cósmica e se percebe parte! Co-participante, co-responsável e co-criador da vida universal!

Essa grandeza é possível de ser (re)descoberta e experimentada por todos!
O caminho? Autoconhecimento, autodescoberta, autoencontro e autoconsciência! Como já dizia um Grande sábio e Avatar que passou por esse planeta: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”!

Autora Co.laboradora 
Danielle Monjardi