Nos últimos quinze anos tenho vivido e aprendido sobre técnicas e metodologias para melhor organização de nossos fluxos de trabalho e estruturação de equipes. Há no mercado uma vasta gama de bons programas os quais podemos aplicar. A questão é, perante tantas opções, o que escolher? O que é preciso considerar ao fazer tal escolha?

Antes de mais nada é preciso avaliar bem o sistema que nos encontramos. O desenvolvimento do olhar de avaliação de sistemas e processos complexos na prática, vai muito além da aplicação desses métodos. É preciso mergulhar dentro da cultura da organização e sua forma de fazer gestão. Além disso, é importante entender para onde esta corporação deseja caminhar e se seus valores encontram-se alinhados com esse propósito.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, praticar modelos de governança, exige muito mais do que disciplina; integrar a todos num propósito comum é a grande força motriz para o sucesso e atingimento dos resultados esperados.

Equipes e fluxos otimizados estão diretamente relacionados a uma comunidade forte, interdependente e diversa, onde há autonomia e gestão colaborativa. Qualquer equação diferente disso com discursos desconexos de estratégia e lideranças que não entendam seu papel nesse grupo e nessa forma de trabalhar, serão catastróficas e exercerão papel contrário ao esperado. Ao invés de potencialização de valor gerado, encontraremos caos e equipes desmotivadas num círculo vicioso de busca de resultados no curto prazo, carreiristas em escaladas e um prejuízo inestimável o qual é imperceptível na visão de curto prazo e só é percebida no longo prazo com muito pouco tempo para reverter esse ciclo. O grande paradigma disso tudo é que para realizarmos escolhas certas, basta ver!

O essencial é bem mais óbvio do que pensamos. Está em nossa capacidade de olhar para frente, vermos quem é nossa comunidade, entender o que precisam para progredir e onde cada um de nós pode contribuir de forma verdadeira e valiosa. Instituir um sistema que viabilize isso, sem sombra de dúvida, gerará infinitas possibilidades para organizações fortes, equipes inspiradas, pessoas capazes de potencializar seu valor e, porque não dizer, um mundo transformado?

Autora co.laboradora 
Beatriz P. Barreto